Consta que foi Guido D'Arezzo, célebre músico do século XI, quem deu nomes aos sons musicais aproveitando a primeira sílaba de cada verso do seguinte hino à São João Batista:
Original | Tradução Literal | Tradução poética |
Utqueant laxis | Que os servos possam | Doce, sonoro |
Resonare fibris | Ressoar com suas fibras | Ressoe o canto |
Mira gestorum | Tuas obras maravilhosas | Minha garganta |
Famuli tuorum | Fazei com que todas | Faça o pregão |
Solve polluti | As manchas sejam perdoadas | Solta-me a língua |
Labii reatum | dos nosso lábios impuros | Lava-me a culpa |
Sancte Ioannes | Oh, São João | Ó São João! |
A tradução poética foi feita de forma que as sílabas iniciais fiquem conforma os nomes das notas que utilizamos, para que possamos compreender melhor a idéia da utilização deste poema.
Outro fato interessante é que a cada verso o tom era aumentado para o grau seguinte da escala musical, o que facilitava ao estudante a compreensão do nome da nota em relação ao tom correspondente.
A palavra Ut ainda é usado na Franca. Mas, como ela era difícil de ser falada, principalmente nos exercícios de solfejo, foi mudada para um som mais suave e acabou ficando a palavra Dó. Esta mudança foi estabelecida teóricamente por Giovanni Maria Bononcini e seu tratado "O Músico Perfeito", publicado em 1673.
O Si foi formado da primeira letra de Sancte e da primeira de Ioannes, que era a grafia latina para o nome João.
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